Entre as nossas ações diárias, colocamos como necessidade e lazer os meios de comunicação de massa (programações de TV, rádio, e Internet, etc.). O tempo não existe, assim como o pensamento é restrito. Pensam por nós. A robotização ocorre em apenas alguns segundos, formando “cobaias obedientes”.
Consideramo-nos pessoas normais quando fazermos o que a maioria faz. Ser atual é adquirir uma visão ampla do mundo, mas isso não significa que devemos participar de/ou praticar tudo o que vemos. Como exemplo, a indução à compra de produtos a partir da marca famosa ou até mesmo usar algo somente porque um artista famoso se apresentou usando na mídia.
Neste caso, podemos até citar as classes mais pobres da sociedade se sacrificando para estar na moda e usar meios tecnológicos como necessidade e lazer, uma vez que, vivem sem isto normalmente. Mas são enganados com esses desejos, aparece uma armadilha disfarçada que condiciona o indivíduo a obedecer ao pensamento de outrem caindo na cilada. A ilusão é tão grande que o tempo passa sem a menor percepção momentânea.
A programação ‘robotizante’ torna quem pratica, ‘seres programados’, que assumem esse compromisso de maneira alienada. É nesse momento que as grandes empresas investem nas propagandas de marketing, muitas vezes com mensagens subliminares, expondo os seus produtos de maneira indutiva e, os “poucos pensantes”, submetem-se a este assédio que progride constantemente.
Contudo, ainda existe algo a ser feito. Um dos objetivos principais da escola é formar cidadãos críticos e reflexivos, expondo a verdade sobre a postura oculta e condicionante da cultura de massa, ensinando-os a não aceitar tudo o que é imposto sem ao menos fazer uma reflexão crítica. Assim, a educação é uma das chaves para a independência do ser humano.
SANTOS. Euler Jackson Jardim. Crônica - Cobaias obedientes. Iramaia-BA. Agosto de 2009. Disponível em: https://prosasobreversos.blogspot.com/
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