sábado, 15 de agosto de 2009

Carta aberta: Brasil real e Brasil ideal.

Estimada nação brasileira, estou a falar da imagem que o país transmite que de certa parte envolve a nossa realidade, esta, abrange aspectos negativos e positivos. O Brasil é visto de dois ângulos. De um lado temos um país de grande desigualdade social que envolve a falta de alimento, habitação, educação e saúde de qualidade que gera a criminalidade incluindo o tráfico de drogas. Por outro lado, temos um país reconhecido mundialmente pelas suas belezas naturais devido a grande biodiversidade, diversidade cultural, destaque no esporte, descobertas científicas, programas de combate à fome e grande desempenho nas negociações diplomáticas. 

Quando se fala em desigualdade social, pensamos primeiro na Zona Rural abrangendo a população que vive em péssimas condições de saúde, tem pouco acesso ao lazer, muitos morrem por falta de uma alimentação adequada. Por outro lado, ainda na Zona Rural, temos uma população minoritária dona de grandes fazendas em que o resultado do investimento é destinado à exportação. 

Ao observarmos a população da Zona Urbana, percebemos o contraste entre o subúrbio, (favela), bairros médios, bairros nobres e regiões centrais. Nos lugares menos desenvolvidos, temos a grande maioria, pobre e muitos negros que por difícil acesso a escolaridade e por falta de oportunidade de trabalho digno, começam a tomar posse de propriedade alheia. Ao analisar a menor parte da população urbana, a que possui a maior parte do tesouro nacional, vemos habitações confortáveis, carros de luxo nas garagens, bom desempenho escolar, tem as melhores profissões e ocupação dos melhores cargos sociais, ou seja, tem tudo o que todo brasileiro deseja. 

Enfim, vendo o país por este ângulo, notamos um grande desequilíbrio social que parece não ter solução. O Brasil é extenso, possui uma diversidade enorme de clima e solo; uma solução viável para amenizar este problema é a distribuir de forma adequada às rendas, promover uma reforma agrária mais justa, como diz Caminha “Aqui se plantando tudo dá”. Oferecer condições viáveis para o incentivo à criação de Microempresas, melhorar os aspectos físicos e profissionais das redes de saúde e educação, combater a corrupção política, pois devido a isto, o país está preso ao subdesenvolvimento, enquanto países como o Japão durante a Segunda Guerra Mundial ficou num estado pior e se reergueu rapidamente, o Brasil também tem condições de se erguer também, afinal, o país tem potencial para isto. Sendo assim, os brasileiros teriam vidas mais dignas e justas. 


SANTOS. Euler Jackson Jardim. Carta aberta: Brasil real e Brasil ideal. Iramaia-BA. Agosto de 2009. Disponível em: https://prosasobreversos.blogspot.com/

Resenha: Álvaro de Campos, Pseudônimo de Fernando Pessoa.

Álvaro de Campos, Pseudônimo de Fernando Pessoa, nasceu em Tavira, em 1890 e viveu em Lisboa na inatividade sem constar data de morte. Era alto, magro e corcunda. Intelectual, teve uma educação vulgar de Liceu; depois foi mandado para a Escócia para estudar engenharia, primeiro a Mecânica e depois a Naval, mas não exerceu a profissão. É o heterônimo mais nervoso e emotivo, que por vez vai até à histeria. É considerado um poeta futurista. O poema do pseudônimo Álvaro de Campos de Fernando Pessoa está dividido em treze estrofes. O poeta inicia falando das madrugadas rotineiras da vida de um escritor, dos sentimentos que nasceram ao olhar pela madrugada e ver os problemas da sociedade, coloca seus sentimentos dizendo que ama todas as coisas para aumentar a sua personalidade, afirma que conhecendo o universo, estará conhecendo a si próprio. Compara a vida como uma grande feira e que jamais sossegará em desvendá-la. O pseudônimo fala dos seus sentimentos amorosos, refere-se a sua amada como superior a todas as flores e que não está ao seu alcance. Seu coração chora e que não tem quem o console verdadeiramente, mais adiante, afirma que sua dor é velha, inútil, silenciosa e triste que dentro de si falta algo. O autor faz relação da vida do pseudônimo com a vida das pessoas que vivem na cidade de Lisboa. Em meio ao silêncio da madrugada, ele acorda, e no seu pensamento tudo se torna nítido, a cidade em si. “Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras, Acordar da Rua do Ouro, Acordar do Rossio, às portas dos cafés, (...)”. Os problemas comovem-o, ele vê, ouve e percebe que todos são iguais. “São os sentimentos que nascem, (...) Tudo isto tende para o mesmo centro, Busca encontrar-se e fundir-se, Na minha alma (...)”. A sua vida não é diferente das demais, ele observa e presencia situações todas as noites, tentando compreender a realidade das pessoas, se considerando um confessor da madrugada. “(...) E o meu coração é um albergue aberto toda a noite (...) Que busca compreendê-la sentindo-a muito (...)”. Ao ver essas situações vividas por alguns moradores de Lisboa, ele pára, observa a sua vida e vê que em meio a tudo e todos, tem apenas a si próprio. “(...) Pertenço a tudo para pertencer cada vez mais a mim próprio (...)”. Para tentar fugir de si ou da suas preocupações busca compreender tudo com ambição “(...) E a minha ambição era trazer o universo ao colo (...)”. As preocupações são fundamentadas no amor de uma mulher, que julga estar superior à beleza das flores, talvez ela não esteja ao seu alcance, pode ser comprometida. “(...) A mulher que chora baixinho, Entre o ruído da multidão em vivas (...)”. Esta poderia estar sofrendo por uma decepção amorosa, talvez traição. Mas ele a ama e sofre por isto. “(...) Minha dor é velha. Como um frasco de essência cheio de pó. Minha dor é inútil. Como uma gaiola numa terra onde não há aves, E minha dor é silenciosa e triste. Como a parte da praia onde o mar não chega (...)”. Quando relata que sua dor é como parte da praia aonde o mar não chega, pode estar se referindo a um amor platônico que está mergulhado nos seus sentimentos ou poderia estar falando do medo que tem de se declarar, devido a sua fisionomia, alto, magro e corcunda, se achando feio. Poderia ser rejeitado. O autor demonstra uma visão real da vida. Os problemas enfrentados pela mulher no passado, o sofrimento oculto do homem apaixonado amplia a visão de mundo, fazendo transparecer que a vida material sufoca os sentimentos e que nem por isto, devemos ser egocêntricos, esquecer do próximo e fugir da nossa realidade. 

SANTOS. Euler Jackson Jardim. ResenhaÁlvaro de Campos, Pseudônimo de Fernando Pessoa. Iramaia-BA. Agosto de 2009. Disponível em: https://prosasobreversos.blogspot.com/

Conto: A Aldeia dos Ottawas.

Em um lugar muito distante, nas montanhas encantadas (Tinham esse nome, devido aos acontecimentos misteriosos que eram costumeiros). Bem entre o seu centro situava a aldeia dos ottawas um povo arredio que se limitava a viver segundo os seus costumes e tradições, que às vezes chegavam a ser horripilantes, pois os seus primeiros filhos eram oferecidos ao deus lobo, para acalmar a sua fúria. Amarravam-lhes as pernas e os braços em arbustos no meio do bosque encantado, e os abandonavam depois de fazerem rituais, onde uma velha horrorosa por nome de Zípora invocava o deus lobo, batendo nas crianças com chocalhos retirados de cobras-cascavel.

Os Ottawas afirmavam que se não sacrificassem alguém inocente, o deus lobo transformaria todas as pessoas em lobo. Certo dia, eles deixaram de realizar o sacrifício, o qual acontecia uma vez por ano, sempre em noite de lua nova. E por causa da desobediência dez guerreiros da aldeia se transformaram em lobos e desapareceram no bosque encantado. A velha Zípora sorria no meio da aldeia e gritava com som estridente – “ninguém escapa da fúria do deus lobo”. No mesmo instante uma jovem de cabelos escuros observava de sua tenda a velha mangando do seu povo. 

Muitos anos se passaram, e a população da aldeia diminuía cada vez mais. Então, a jovem indignada com tantas tragédias na aldeia Ottawas partiu para a grande floresta em direção à montanha encantada “Santuare”. Lá se encontrava o santuário de sacrifícios. Ao se aproximar do santuário a garota escuta um barulho, ela se abaixa camuflando o seu corpo com os cabelos, na escuridão de um vale, mas ela percebe que não há perigo, pois o barulho foi provocado por Zípora que ornamentava o santuário com o sangue de um lobo ferido. Logo a velha Zípora vai embora, deixando o lobo amarrado com uma tira de embira. 
Assustada, a garota sai do vale e se aproxima cautelosamente do lobo, como um filhote de gato curioso, e diz assustada: 

__ Psiu! Calma! Eu irei te ajudar! 

Desamarrando-o e curando o ferimento. O lobo diz com tom afogante: 

__ Muito obrigado! 

Assustada com a voz do animal, ela não consegue acreditar e pensa que está sonhando. Ao perceber que a jovem estava apavorada, o lobo tenta acalmá-la. 

__ Não se assuste, eu não vou fazer mal algum a você! Qual é seu nome moça? 

A jovem recupera o fôlego, e agora mais calma, ela se volta para o lobo e diz. 

__ Eu? Há! Eu sou Luna, filha do caçador AD BÁ, que também sumiu na noite negra sem deixar rastro, e até hoje eu procuro por ele. Mas, quem é você? 

Surge então um silêncio e o animal ferido fita os olhos na jovem Luna com olhar melancólico, e logo as lágrimas brotam dos olhos da fera que fica inerte. 

Luna se aproxima dele cheia de compaixão e com seus logos cabelos negros enxuga as lágrimas do lobo, acaricia os seus pelos e diz: 

__ Olha eu estou à procura do deus lobo, para pedir- lhe que devolva as pessoas desaparecida e deixe de fazer maldade. 

O animal a observa com olhar de admiração, pois Luna era a jovem mais formosa que ele tinha visto. Ela era morena clara de porte alto e corpo formoso e irresistível. Luna continuava acariciando seu pêlo. Então o lobo resolve desvendar todo mistério. 

__ Olha Luna! Não existe nem um deus lobo, a moça se assusta, e ele a acalma. 

__ Não se atemorize, essa estória de deus lobo foi invenção da velha Zípora. Ela é uma bruxa malvada que retira o sangue das pessoas e faz magia negra na esperança de tornar-se jovem, depois transforma as pessoas em lobo. 

__ Ah! Então você não é um lobo falante e sim uma vítima da bruxa malvada? 

__ Sim. Respondeu a fera. 

__ Eu sou um príncipe filho do rei Adriel do reinado dos Antares. Meu nome é Daniel. Certo dia eu me afastei do castelo para passear no bosque e foi quando fui enganado por uma senhora para tentar ajudá-la. Ela me apanhou de surpresa, batendo-me com um cordão feito de chocalho de cobra-cascavel, então a minha vida mudou e me transformei nessa terrível fera, e para quebrar o encanto não só meu mais de todas as vítimas, a bruxa tem que morrer picada por uma cascavel Luna então levantou se e disse: 

__Fique aqui que eu vou te ajudar! Não saia daqui! E lá ela chamou seus tios e contou lhes todo o mistério. E eles conseguiram capturar uma cobra-cascavel. Depois eles amarraram a bruxa Zípora colocaram-na em um poço e soltaram a cobra que estava irritada e começou a picar a bruxa má até a morte. 

A jovem Luna pegou o cordão de chocalho de cascavel e correu em direção à fera. Chegando lá ela passa o cordão sobre todo seu corpo, e o animal se transforma em um lindo príncipe. 

Luna fica encantada com a beleza do jovem. Depois eles saem e encontram os outros lobos e retira o encanto deles, e eles voltam para a aldeia. 

O príncipe Daniel se encanta com o charme e a beleza de Luna e pede-a em casamento. Ele se casa e volta para o seu reinado com a jovem, Luna, e os dois viveram felizes para sempre. 

SANTOS. Euler Jackson Jardim & COUTO. Almerindo Reis. Conto: A Aldeia dos Ottawas. Disponível em: https://prosasobreversos.blogspot.com/

Resenha - Aprender: O Desafio Reconstrutivo.

Demo, Pedro. Aprender: O Desafio Reconstrutivo. In. Amorim, Ana Paula. Metodologia do Trabalho Científico. P. 76-82. Salvador: FTC ead, 2006. Pedro Demo é PhD em Sociologia pela Universidade de Saarbrucken, Alemanha, professor titular na UnB, Departamento de Serviço Social, Assessor da Secretaria de Educação das Prefeituras de Campo Grande (MS) e Belém (PA), para programas de formação permanentes de professores básicos e para alfabetização de crianças de 1ª série desde março de 2005 e publicou mais de quarenta e dois livros relacionados à educação. A aprendizagem é vista como “simples ensino” e aceita desta maneira pela nova LDB, por outro lado, as instituições de ensino se preocupam apenas em cumprir a carga-horária das aulas oferecidas, transmitindo uma visão de que apenas isto promove aprendizagem, uma vez que se for aplicado o diálogo entre sujeitos, estamos ao mesmo tempo propondo a consciência crítica reflexiva e a cidadania. A construção de conhecimento entra em pauta, devido à nova concepção reconstrutiva, de aprender o que alguém “construiu” algo, que não é tão comum no cotidiano, neste caso, a pesquisa precisa estar presente no processo educativo para concretizar a reconstrução do conhecimento, a qual, parte das indagações duvidosas. As Ciências Humanas colocam suas teses em relação à aprendizagem, expondo uma visão de várias etapas e explicações da construção do saber. Nas colocações do “Mundo de Sofia”, citadas como exemplos, o professor é visto como um orientador o qual, não tira dúvidas, apenas motiva o aprendiz a construir o seu próprio caminho; dispensando as aulas expositivas, a qual coloca o aluno em um ambiente doutrinador. Nas descrições denominadas de “Objeções Comuns”, o MEC se baseia nas experiências norte-americanas, no entanto, diferente dos brasileiros, a maioria dos professores dos EUA possuem doutorado. A LDB, com um esquema obsoleto de “ensino/aprendizagem”, colocando quem ensina numa postura doutrinadora diante de quem aprende, difunde o “ensino” que aproxima da prática do “mero ensino” que se distancia da mesma. São tiradas algumas conclusões, uma delas colocada no final do primeiro parágrafo, onde o autor afirma que “o ambiente adequado de educação exige diálogo de sujeitos e que para ter consciência critica é necessário priorizar o desafio formativo”. Situado no início do Parágrafo do subtítulo “Fundamentos da Aprendizagem Reconstrutiva”, conclui que: “Normalmente reconstruimos conhecimento, partimos do que está disponível na cultura. A construção pode ocorrer, mas, é dificilmente aplicável ao dia-a-dia”; No subtítulo “Objetivos Comuns”, nos três primeiros parágrafos sobre o ‘mero ensino’, coloca que: “com a postura submissa de quem aprende, não adquire capacidade de confrontar com novos desafios”; Nos últimos três parágrafos conclui sobre a prática. “Fazer não basta; é mister saber fazer, porque é sempre necessário refazer. Pesquisa é de absoluta utilidade, ainda que não necessariamente imediata, mas útil à humanidade”. O texto imposto trouxe algumas verdades sobre a educação atual, mostrando a visão obsoleta da LDB com respeito à aprendizagem; a qual deveria ser uma das prioridades máximas e vista como prioridade indispensável no crescimento intelectual e econômico de qualquer indivíduo. Neste contexto surge a prioridade do desafio educativo ou formativo. Para tal desafio, acrescenta-se a aprendizagem baseada no “construtivismo”, que é colocada como uma crítica nominal e conceitual. “Normalmente reconstruimos conhecimento, partimos do que está disponível na cultura. A construção dificilmente é aplicável ao cotidiano”. É bastante aceitável o conceito reconstrutivista, pois induz o sujeito a saber pensar, porém em relação à construção de conhecimento, percebe-se que é aplicável constantemente, até mesmo com a simples redescoberta dos acontecimentos. As colocações das Ciências Humanas são aceitáveis, no entanto, nota-se a surpresa da Pedagogia, em continuar com o ritmo arcaico e obsoleto do mero ensino. No cenário do “Mundo de Sofia”, criatividade imposta, é justificável o termo: “O professor que tira dúvidas impede o aluno de aprender”. Mas, percebe-se uma necessidade mais aceitável de expressar o termo, podendo transformá-lo em: O professor que dá respostas prontas aprisiona o aluno impedindo-o de aprender. Nas “Objeções Comuns”, é ressaltada a postura do MEC em basear o ensino brasileiro nas experiências norte-americanas, devido à construção de conhecimentos dos doutorados americanos, porém a LDB, imposta pelo MEC, no entanto incorpora o mero ensino. Em relação à pesquisa, com a afirmação que “é necessário saber fazer, pois tem absoluta utilidade à humanidade”. A humanidade necessita de novas descobertas para se relacionar com a realidade de forma segura. Diferencia ensino de mero ensino. O “ensino” tem maior aproximação com a prática. Já o “mero ensino”, dificilmente é prático, porque esconde uma visão mecânica da prática. Percebe-se então, a diferença entre ambos; o primeiro termo intervém na vida das pessoas, enquanto o segundo distribui fórmulas prontas e só atrapalha. Assim, o que importa é uma visão ampla, a aprendizagem ocorre a partir da necessidade humana. A resenha é direcionada a estudantes especialistas em todos os cursos relacionados à educação, pois favorece uma visão ampla nos conceitos da aprendizagem construtiva e reconstrutiva.

SANTOS. Euler Jackson Jardim. Aprender: O Desafio Reconstrutivo. Iramaia-BA. Agosto de 2009. Disponível emhttps://prosasobreversos.blogspot.com/

Crônica - Cobaias obedientes.

Entre as nossas ações diárias, colocamos como necessidade e lazer os meios de comunicação de massa (programações de TV, rádio, e Internet, etc.). O tempo não existe, assim como o pensamento é restrito. Pensam por nós. A robotização ocorre em apenas alguns segundos, formando “cobaias obedientes”.

Consideramo-nos pessoas normais quando fazermos o que a maioria faz. Ser atual é adquirir uma visão ampla do mundo, mas isso não significa que devemos participar de/ou praticar tudo o que vemos. Como exemplo, a indução à compra de produtos a partir da marca famosa ou até mesmo usar algo somente porque um artista famoso se apresentou usando na mídia.

Neste caso, podemos até citar as classes mais pobres da sociedade se sacrificando para estar na moda e usar meios tecnológicos como necessidade e lazer, uma vez que, vivem sem isto normalmente. Mas são enganados com esses desejos, aparece uma armadilha disfarçada que condiciona o indivíduo a obedecer ao pensamento de outrem caindo na cilada. A ilusão é tão grande que o tempo passa sem a menor percepção momentânea. 

A programação ‘robotizante’ torna quem pratica, ‘seres programados’, que assumem esse compromisso de maneira alienada. É nesse momento que as grandes empresas investem nas propagandas de marketing, muitas vezes com mensagens subliminares, expondo os seus produtos de maneira indutiva e, os “poucos pensantes”, submetem-se a este assédio que progride constantemente. 

Contudo, ainda existe algo a ser feito. Um dos objetivos principais da escola é formar cidadãos críticos e reflexivos, expondo a verdade sobre a postura oculta e condicionante da cultura de massa, ensinando-os a não aceitar tudo o que é imposto sem ao menos fazer uma reflexão crítica. Assim, a educação é uma das chaves para a independência do ser humano.

SANTOS. Euler Jackson Jardim. Crônica - Cobaias obedientes. Iramaia-BA. Agosto de 2009. Disponível em: https://prosasobreversos.blogspot.com/

As Mudanças que a Educação pode provocar.

Dentre vários aspectos da educação, como o autoconhecimento que inicia a busca do saber, a fantasia que deve abrir espaço para o verdadeiro, a visão global e o raciocínio que desenvolvem a capacidade de expressão. A educação também deverá abrir mais espaço para o lúdico e respeitar a individualidade no processo de socialização do ser, com o intuito de provocar uma mudança a respeito da aprendizagem.

A cada dia o mundo passa por inúmeras transformações, entre boas e más, no entanto, há uma necessidade de mudança. A única forma prática que se conhece para promovê-la está nas mãos dos educadores, que deveriam incentivar e conscientizar os seus alunados a fazerem uma análise geral dos acontecimentos, mostrando que devemos começar essa mudança a partir da nossa própria vida, deixando de lado as ilusões, para irmos de encontro com a realidade do nosso próprio raciocínio.

Devido o grande rótulo que muitos enxergam na educação, ‘parado e cansativo’, ela se torna para estes, muitas vezes descartável. A solução que se percebe, principalmente para os jovens, que são maioria, é o respeito à individualidade algo típico do ser humano, e a adaptação do lúdico nas atividades escolares, permitindo uma socialização que levará de encontro a uma aprendizagem reformada e promissora.

No entanto, muitos educadores travaram esta batalha. A complexidade do ser humano dificulta o processo, mas se a persistência for aplicada com o intuito de vencer, juntamente com a paciência, teremos no futuro a vitória sobre a guerra que trará a tão esperada mudança. 


SANTOS. Euler Jackson Jardim. As Mudanças que a Educação pode provocar. Iramaia-BA. Agosto de 2009. Disponível em: https://prosasobreversos.blogspot.com/