Numa manhã de sábado, o sol já se mostrava todo animado, convidando a garotada para as brincadeiras do final da semana. Capão da Volta é um lugar tranquilo, como toda comunidade rural, a maioria das famílias se dedicam a agricultura familiar e cultivam diversos alimentos comuns à mesa de todos. Aos primeiros raios de sol, a garotada já começa quebrando o silêncio e tirando o sossego de quem quer acordar um pouco mais tarde.
__Você só pode sentir o cheiro e o sabor, nada de olhar! Uma garotinha exclamou com tom de ordem.
As crianças levaram para a pracinha da igreja, os produtos cultivados durante a semana: morango, café, amora, laranjas, banana, abacate, jiló, ervas e temperos, pimentas. Aparentemente estão brincando de acertar o nome dos alimentos apenas usando o olfato e o paladar. Como se divertem aquelas crianças! Fiquei com saudades do meu tempo de menina.
__ Nossa! Lá na minha cidade, só conheço pimenta em molho de Katchup. Comentou sem graça.
Na manhã seguinte, lá estava eu aproveitando o sol de domingo e a diversão continuou. A vítima trouxe uma caixa de bombons para o vencedor, dessa vez era a brincadeira do “passe a bola”. O garoto levou uma bola e uma caixinha de som, dessas que estão na moda. A bola ficava passando de mão em mão e ao parar a música, com quem a bola estivesse sairia da brincadeira e isso repetia até se chegar ao vencedor.
__Você só pode sentir o cheiro e o sabor, nada de olhar! Uma garotinha exclamou com tom de ordem.
As crianças levaram para a pracinha da igreja, os produtos cultivados durante a semana: morango, café, amora, laranjas, banana, abacate, jiló, ervas e temperos, pimentas. Aparentemente estão brincando de acertar o nome dos alimentos apenas usando o olfato e o paladar. Como se divertem aquelas crianças! Fiquei com saudades do meu tempo de menina.
__Vocês precisam fornecer algumas dicas…preciso saber as características! Disse o garoto.
__ É uma especiaria vermelha, docinha e muito cheirosa! Você vai amar, tem um sabor muito marcante… Respondeu a garotinha sapeca e com tom de malícia.
__ Nossa! Lá na minha cidade, só conheço pimenta em molho de Katchup. Comentou sem graça.
Na manhã seguinte, lá estava eu aproveitando o sol de domingo e a diversão continuou. A vítima trouxe uma caixa de bombons para o vencedor, dessa vez era a brincadeira do “passe a bola”. O garoto levou uma bola e uma caixinha de som, dessas que estão na moda. A bola ficava passando de mão em mão e ao parar a música, com quem a bola estivesse sairia da brincadeira e isso repetia até se chegar ao vencedor.
Após mastigar os bombons, as crianças começaram a cuspir ao mesmo tempo por diversas vezes e saíram correndo em direção a torneira da vizinha.
__Agora é a minha vez! Gritou um.
__Coloque a venda nos olhos! O outro acrescentou.
Uma criança que está passeando na comunidade, aparentemente veio da capital, pois a forma de falar era bem característica e também não conhecia a malícia nas brincadeiras dos meninos daqui. Coitado. Pelo que vejo naquela na mão da garotinha, será mais uma vítima.
Foi então que, sem mais ideias, eles ofereceram pimentas malaguetas para aquele menino experimentar durante a brincadeira. É claro, ele não sabia do que se tratava. A criança estava de olhos vedados e aparentemente não conhecia a especiaria na forma natural.
__Vocês precisam fornecer algumas dicas…preciso saber as características! Disse o garoto.
__ É uma especiaria vermelha, docinha e muito cheirosa! Você vai amar, tem um sabor muito marcante… Respondeu a garotinha sapeca e com tom de malícia.
Assim que ele começou a mastigar, tirou a venda dos olhos, cuspiu por diversas vezes e começou a gritar: _Água, água, água!
Partiu em direção à torneira no quintal da vizinha e voltou todo vermelho. A garotada não parava de gargalhar. Coitado! Em breve iria saber o que comeu. Depois de todo o incidente, não parava de cuspir.
O vencedor por sua vez, recebeu o prémio e para a sua surpresa, ao abrir a caixa encontrou um bilhete junto aos bombons de chocolate que dizia: “Você deverá dividir os bombons com todos os outros participantes”. O menino leu com voz de indignação.
Como de costume, eu aproveitava o sol da manhã para me aquecer e adquirir, de graça, a vitamina D. Recomendações médicas. Para isso, eu ficava assentado em um banquinho da praça, observando a criançada se divertindo.
__Agora é a minha vez! Gritou um.
__Coloque a venda nos olhos! O outro acrescentou.
Uma criança que está passeando na comunidade, aparentemente veio da capital, pois a forma de falar era bem característica e também não conhecia a malícia nas brincadeiras dos meninos daqui. Coitado. Pelo que vejo naquela na mão da garotinha, será mais uma vítima.
Foi então que, sem mais ideias, eles ofereceram pimentas malaguetas para aquele menino experimentar durante a brincadeira. É claro, ele não sabia do que se tratava. A criança estava de olhos vedados e aparentemente não conhecia a especiaria na forma natural.
Assim que ele começou a mastigar, tirou a venda dos olhos, cuspiu por diversas vezes e começou a gritar: _Água, água, água!
Partiu em direção à torneira no quintal da vizinha e voltou todo vermelho. A garotada não parava de gargalhar. Coitado! Em breve iria saber o que comeu. Depois de todo o incidente, não parava de cuspir.
O vencedor por sua vez, recebeu o prémio e para a sua surpresa, ao abrir a caixa encontrou um bilhete junto aos bombons de chocolate que dizia: “Você deverá dividir os bombons com todos os outros participantes”. O menino leu com voz de indignação.
__Todos têm que abrir e comer ao mesmo tempo! Disse o visitante.
RAMOS. Yasmin de Oliveira. Crônica: As malaguetas. Produção orientada pelo professor Euler Jackson Jardim dos Santos em agosto de 2021 na EMAM – Escola Municipal Auto Medrado. Povoado de Capão da Volta, Ibicoara-BA. Disponível em: https://prosasobreversos.blogspot.com/
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